quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Pensamentos...

Pensar nas estrelas é pensar em momentos como este… Ter tempo para poder agir é escasso, mas dizer ao tempo que o tempo não pode voltar, é o mesmo que dizer que tudo ficará na memória. Não quer dizer com isto que o tempo acabou…mas que a distancia permanece.
Espírito inquieto que me une e guarda, que faz suspirar tamanha vontade e desejo, mas que dificilmente será reencontrado. Perdido no meio do nada, sem saber o que fazer. Lá surge a estrela que me guia de dia e seduz na noite montanhosa da brisa suave, do cheio intenso a pinho, com o mar ao fundo…lindo cenário este que vivo e assisto.
Da vontade de o ter por perto, mas que difícil seria…seria difícil mas não impossível…basta um gesto ou indicação e tudo seria diferente…sei como sou mas não sei como descrever este sentimento de ardor, que não é dor mas que se sente com fervor…apenas palavras, actos ou omissões, por minha culpa? Ou talvez não. Diferente...Diferente esta maneira de ver, tudo o que penso é em ajudar, ajudar quem precisa de uma voz amigo, que compreenda a situação e que aconselhe a melhor resposta para as perguntas e problemas da vida em questão…

Por este longo caminhar desta vida curta terei de percorrer sem vontade de vencer, tudo a minha volta esta triste, porque ainda não parti e já sinto saudades. Saudades do tempo em que o tempo estava do meu lado e o brilho incandescente que transmites me fazia sorrir e amar, amar perdidamente, intensamente, sem perigos, sem riscos... olharei para ti como se de o ultimo dia se trata-se…agora espero pela noite para te poder abraçar e encantar com a melodia das palavras sentidas…

Porque é que não vens ter comigo esta noite…
Vida...
Porque é que a vida tem um fim?
A vida, por vezes, traz-nos sentimentos de revolta e de insatisfação.
Seria pedir demais deixar viver quem nos deu a vida? Seria pedir demais deixar viver quem tanto nos amou?
Porque é que tu, Vida foste acabar no seio de um Ser tanta alegria me deu? O ser mais precioso, mais belo, mais carinhoso que jamais conheci. O ser que me mostrou a luz do mundo, que me criou, que sempre esteve do meu lado durante a minha infância. Um ser que sabia ter o seu fim a dois passos e que o único receio que possuía era o de deixar sem amparo as suas crianças, os seus próprios filhos, num mundo pleno de egoísmo, de inveja, de dor...
Porque foste, Vida, tão cruel?
Porque foste acabar no Ser que ainda hoje tanta saudade me traz?
Poderás ter acabado com este Ser no mundo terreno, mas para sempre perdurará a sua menória dentro de mim e isso, tu Vida, só me poderás tirar quando decidires acabar, também, no meu interior...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Vida...
É este longo
caminhar
por esta terra amada...
Destino incerto
neste planeta concreto...
Obscuro caminho
de saberes feito
de mágoas profundas...
É este saber feito
poder encantado
no leve desencontro...
É poder gritar,
a tristeza
as mágoas
e a pobreza...
As dúvidas
a incerteza...
A vida dum poeta
É saber amar
por entre o ódio
explicar...
Sem nada saber
É poder sonhar
com os pés na terra...
É ultrapassar
a barreira do corpo...
Passar os limites do morto
e sobreviver...
É saber poder
Sem nada fazer
É morrer de leve
E de novo nascer
É dor é mágoa
É o ser a crescer...